A cruz é instrumento de sofrimento, mas, sobretudo, de libertação e ressurreição. Contemplando o Crucificado, somos chamados a nos tornar solidários com a dor da humanidade e a aliviar todo tipo de sofrimento; a descobrir nas feridas do mundo a face luminosa de Cristo. Neste pequeno livro, enriquecido pelas palavras de São Paulo da Cruz, ao meditar as estações da via-sacra, no espelho da cruz, vemos todos os sofrimentos da humanidade de hoje: fome, sede, abusos, abandono; mas vemos também estações de consolo: da Mãe de Jesus, das mulheres que permanecem perto de Jesus, de Simão de Cirene, que leva com Jesus a cruz. Então, duas certezas nós meditamos na via-sacra: a certeza do poder devastador do pecado e a certeza do poder regenerativo do Amor de Deus. Dizia São Paulo da Cruz: “Não deixe passar um só dia sem meditar, ao menos por 15 minutos, qualquer mistério da santíssima Paixão... O meio mais eficaz para exterminar os vícios e cultivar a verdadeira piedade é a meditação dos sofrimentos de Jesus redentor. É o meio necessário para confortar e fortificar o espírito” (extraído de Cartas).