Fogo, medo, treva, eletricidade, fantasmas, violência, política, poesia, insônia, sono e sobretudo sonhos povoam este livro. Nele se investiga tudo o que acontece na escuridão - tanto a objetiva como a subjetiva. Para esclarecer os mistérios da noite, A. Alvarez recorre à psicanálise, à neurofisiologia, à poesia, ao romance e à pintura, além de se embrenhar nas rondas noturnas da polícia de Nova York, dormir ao relento numa noite de inverno e ser paciente de um laboratório do sono em Londres. Trata-se de uma espécie de histórico da escuridão, desde o tempo em que "dia e noite, acordar e dormir eram mundos separados e o inconsciente um mistério que nem tinha nome" até os dias de hoje, quando já estão banalizados exageros de luz e vida noturna como Las Vegas - e ainda assim permanece o mistério do que se passa no mundo na ausência do sol.